domingo, 27 de fevereiro de 2011

10 motivos para a não legalização do aborto no Brasil



1)      “Se não há pena de morte para os culpados, por que ela deve existir para os inocentes, como acontece no caso do aborto?” – Jêrome Lejeune, geneticista francês.

2)      “ A mulher tem o direito de decidir sobre o seu corpo” Claro! Os métodos contraceptivos estão ai para isso mesmo, essa é a forma de optar ou não por uma gravidez.  Agora quando a mulher pratica o aborto ela não esta decidindo sobre seu corpo e sim sobre o corpo da criança! O feto está no corpo, ele não é corpo da mulher.


3)      A legalização do aborto conduzirá a banalização de sua prática. A política do filho único na China levou a tais fatos:  


4)      A legalização do aborto geralmente é incentivada por organizações, hoje subterrâneas, que lucrarão ainda mais com esse mercado.


5)




6)      Realmente na há relação com países com maior severidade penal e menor número de abortos. Em cada grupo de 1000 mulheres entre 10 e 49 anos de idade, na Alemanha e Holanda apenas 7 abortam anualmente, enquanto no Brasil, Colômbia e Chile esse numero salta de 35 a 50. Como a Holanda e a Alemanha podem ter menos mulheres praticando o ato abortivo? Simples os dois países estabelecem políticas públicas ao uso de meios contraceptivos, a educação sexual e apoio as mulheres grávidas, políticas essa que no Brasil poderiam ser executadas com mais seriedade e sem aprovação da lei a favor do aborto.

7)      Apesar de atingir todas as classes, raças e credos, as mulheres pobres e jovens são as maiores praticantes, estas não encontram apoio na paternidade responsável e no Estado.

8)   "Esperamos que nosso país seja referência mundial na “dignificação da vida” , em todos  os aspectos" – Luiz Bassuma.

9)


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Se liga 16!


    Recessão, arrocho salarial, extinção dos partidos, linha dura, um golpe dentro do golpe, um falso “milagre”, e de quebra repressão. Narrativa dos 20 obscuros anos da ditadura militar parece estar extintos na memória de muitos brasileiros. Vamos aqui relembrar para não acontecer de novo: 

   Em 1964, os militares tomaram o poder e implantaram uma ditadura no Brasil. Muitos dos direitos constitucionais foram suspensos e substituídos por uma série de medidas de exceção.  Nesse período nosso país assistiu, com perplexidade, á supressão das liberdades civis e á repressão indiscriminada dos movimentos sociais organizados á qual não faltaram requintes de crueldade, como tortura assassinatos e perseguições. 
Protestos contra esse absurdo ficou por conta dos líderes estudantis, acalorados saiam as ruas em manifestações com sede de democracia, suportaram as torturas e as maledicências, juntos, lutavam, resistiram! Nacionalismo ou não a eles deve-se a conquista das diretas.
  
   Com  o fim da ditadura a posterior conquista obtida pelo movimento foi o direito do voto aos 16 anos com a constituição de 1988; Com tamanha participação, a juventude parecia nortear a história. Entretanto há aqui um paradoxo juvenil. O número de eleitores entre 16 e 17 anos tem diminuído de 3,6 milhões passamos para 2,9 milhões, uma redução de 19% .. Isso nos leva a refletir: O jovem perdeu o interesse pela política?
      Maior que o tiro dado com o golpe de 64, a democracia torta ainda resiste ao golpe que hoje é dado com a apatia juvenil, que pouco se importa com a luta que passara nossos anteriores para nos dar o exercício de direito democrático.   Para a vereadora Soninha ( PT-SP ) “ A TV exibe o quebra-pau no plenário e meia dúzia de depoimentos no corredor do Congresso. Já é penoso, ainda por cima, o recorte que fazem na mídia é insuportável. Política pode ser interessante”.Politicagem.  Para Soninha a corrupção é o maior fator de descrédito com a política.  A corrupção não deve gerar descrédito nos eleitores, ainda que ela infelizmente aconteça o voto consciente é a melhor forma de evitá-la. 
     Tendo em vista esse estado latente, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas ( UBES ) lançou em 2008 a campanha “se liga 16: por um país com a cara da juventude ”, que da título a esse post.  No intuito de incentivar os jovens a dirigirem-se as urnas e exercer sua cidadania. Por quê? Para lembrar; para não acontecer de novo e para decidir com ética aquilo que é melhor. Então: Se liga 16! E aos 18, não vale justificar!

A famíla tem estado em/de fusão?


        “A dispersão das moléculas em uma substância tornam a volúvel graças a diminuição da força de atração entre elas”  Conceito estranho para dar início a um texto que anuncia o tema família? Não! O conceito físico de uma substância em estado líquido pode ser muito bem assemelhado com estado vigente do conceito família, no Brasil e no mundo.  Seguindo a risca do sociólogo polonês Zygmunt Bauman essa tese poderia ser aplicada não apenas no contexto família e sim na sociedade por um todo.  Apoio sua máxima, mas prefiro reter  meus olhos apenas sobre a família elementar e sua fluidez. 

        A palavra família está completamente ligada ao termo conjunto,  na prática o que temos é cada vez mais a segregação entre os membros que a constituem, ou seja  “dispersão das molécula”; há no Brasil  3,2 milhões de mães solteiras: 1,7 milhão cria seus filhos sozinha e 1,5 milhão , na casa dos pais. Separados ou viúvos com filhos são 6,1 milhões; 2,1 milhões de solteiros com mais de 40 anos ainda moram com os pais o que pode ser definido também como “novo arranjo das moléculas/membros” além de demonstrar que a a família brasileira está cada vez mais distante do clássico modelo patriarcal.

Mas então o que tem derretido( abalado) o conceito família?

      Para Carlos Heitor Cony tudo começa na década de 40. “Ninguém sabia então, mas a família preparava-se para sofrer um golpe mortal com o advento da TV nos primeiros anos da década seguinte [ 1950 ]. Trêmula e prateada, a telinha trouxe um estranho para dentro de casa: o mundo. De início, um hóspede cordial e divertido. Mais tarde, um dono cruel e chato”.

      Mesmo sendo “cruel e chato” a TV tornou-se tutora de milhares crianças brasileiras, hoje já não mais sozinha ( internet divide a guarda de alguns filhotes ) pais delegaram sua responsabilidade a “caixa de cores”. Li uma vez em algum lugar que deveríamos comprar a família a uma casa, onde os pais deveriam ser a porta, a eles pertence o papel de fiscalizar toda a informação que entra na lar e é absorvida pelos filhos. No entanto diferente da década de 40 quando a TV ainda era “trêmula e alvinegra” hoje a disponibilidade de informação é oceânica, seu conteúdo não é distinto por faixa etária e com ele pode-se interagir. Muito além de serem portas os pais devem construir os pilares de seus “imóveis” com princípios e cumplicidade. A cumplicidade é capaz de agrupar as moléculas ( membros ), com o diálogo há aproximação e a força de atração é restaurada. Falar em família reunida não é falar em almoço no fim de semana, a união e bem estar do lar depende da protocooperação entre os constituintes da família - moléculas unidas - vibrando em conjunto, com grande força de atração entre elas – SOLIDA – para não moldar-se conforme o recipiente ( circunstâncias )  pois a família ainda é a célula mater da sociedade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tropa de Elite não é ficção!



    Poucas semanas depois da estréia do filme Tropa de Elite 2,a a violência urbana decide sair
das telas do cinema e reestreiar no complexo de favelas do morro do alemão na cidade do
Rio de Janeiro,  esse conhecido personagem passou de coadjuvante para autor uno dos acontecimentos que marcaram a última semana do mês de novembro, os cidadãos cariocas, sem prévia contratação, também tornam-se protagonistas de cenas terríveis tanto quanto as produzidas por efeitos especiais. 



                                    Discussão entre moradores e polícias revela o clima tenso no complexo


                                                          Moradora proteje-se durante a invasão no morro.


                                                        Inocente, morador ergue as mãos para definir-se como cidadão.

 
    Com um roteiro semelhante o de uma guerra civil, na capital carioca, segundo dados do IBGE o índice de mortes violentas chega a 68% entre homens com idade entre 15 e 43 anos. No entanto, qualuqer outra metrópole poderia mostrar suas feridas abertas e suas estatísticas cruéis, denuncias de uma realidade grotesca: A guerra entre irmãos.

    Além da bala que vem do morro temos aquela que sai do “asfalto”, prova que a violência
não esta apenas relacionada com pobreza. Sendo esta uma relação até mesmo preconceituosa. A criminalidade também parte da classe média. No ano de 2008 81% dos
presos entre 18 e 24 anos no Rio de Janeiro eram filhos ainda sustentados pelos pais, pertencentes a classe média.
    A enorme euforia da população com o filme Tropa de Elite 2 reflete de forma inequívoca a insatisfação com o total estado de impotência do cidadão, que espera a atuação do Estado como assegurador da paz e estabilidade mediante a ação punitiva aqueles que transgridem a lei o verdadeiro Estado Leviatã de Thomas Hobbes.  Na prática o que temos são as ações que apenas podam as folhas da violência, como o BOPE, e o descaso com as políticas preventivas capazes de arrancar as raízes da criminalidade, de forma “realmente” pacífica... e tirar o peso dos cidadãos cariocas de ser um coadjuvante nessa luta intra-específica pela sobrevivência.

PS' Enquanto isso, quem paga este ingresso?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Reforma agrária no Brasil uma utopia?

A invasão de fazendas, prevista na pauta do MST, começou na madrugada da última terça em uma das áreas pertencentes à Agropecuária Santa Bárbara, empresa do grupo do banqueiro Daniel Dantas. Segundo nota da empresa, um grupo de invasores expulsou das casas do retiro Jandaia, localizado dentro da fazenda Maria Bonita, dezenas de funcionários e suas famílias, ameaçando de morte quem se atrever a voltar.  - Estadão.com.br/Brasil - 15 de Abril de 2009

Conflitos como esse, ocorrido no Pará, têm transformado os campos brasileiros em verdadeiros campos de batalhas onde a luta travada entre sem-terras e latifundiários, tem deixado um rastros de sangue na busca por um pedaço de chão. Para realmente iniciar esse post apresento Antônio Gonçalvez da Silva, um nordestino poeta popular mais conhecido como Patativa do Assaré, conhecido por sua boa dicção Patativa critica sabiamente em um de seus mais conhecidos poemas, A Terra é Naturá, a concentraçao fundiária. Observe a ultima estrofe desse poema:

Iscute o que tô dizendo,
Seu dotô, seu coroné:
De fome tão padecendo
Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefa pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dêxe deserdado
Daquilo que Deus me deu.

A escolha pelas letras como forma de manifestar-se contra o latifúndio, parece ser uma boa opção, se comparado ao nível de violência que tem ganhodo os movimentos sociais que atuam nessa área, como a invasão da Fazenda Maria Bonita citada no início desse post, no entanto, a forma pacífica de manifesto parece que não atrai o olhar do Governo,
"O INCRA vem sendo orientado para fazer a fiscalização de todos estes aspectos. Até então, a função social era reduzida apenas ao aspecto econômico, de forma que o imóvel considerado produtivo ficava imune à desapropriação ou sanção, mesmo que a exploração do imóvel se desse em afronta as leis ambientais ou até mesmo com trabalho escravo. Uma interpretação, obviamente, absurda", aponta Valdez
Adriani Farias, procurador federal do INCRA de Santa Catarina, ou seja, a Reforma Agrária ainda que executada a "conta-gotas" só é executada onde a invasões, derramento de sangue, e principalmente onde o MST, é taxado ainda mais de um movimento marginalizado.

A Democratização da Terra ainda é uma questão polêmica e o Governo pouco mostra interesse para tal assunto, o que alimenta o paradoxo em que um país com extensões continentais ainda possua gente sem um pedaço de chão como forma de garantir sua sobrevivência. Na verdade A luta pela reforma agrária não acaba na conquista da terra, com a realização de assentamentos pelo governo. Há outras cercas que precisam ser derrubadas. Ao receber a terra o assentado deveria receber estÍmulos estatais para  trabalhar no que lhe foi dado, o que não acontece, a agricultara familiar, geralmente praticada pelos assentados, não recebe estÍmulos, assim como acontece com outros minifundiários que não são capazes de concorrer com os grandes produtores. O cultivo da soja na região centro-sul do Maranhão pode ser tomada como exemplo. A atividade de exportação tem se tornado uma verdadeira “política agrícola” que exige investimentos estatais como infra-estrutura e maiores subsídios.  Esse é o feudalismo agrário que necessita de mudança.

A construção de um Brasil literalmente para TODOS exige uma urgente mudança no estado agrário vigente, desprovido de interesses econômicos, seguido de uma efetivação dos direitos básicos de cidadania. Colocando a terra à disposição de quem dela mais necessita.

Se o orguiôso podesse
Com seu rancô desmedido,
Tarvez até já tivesse
Este vento repartido,

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Terra, planeta arma.

No século XIX o processo de expansão imperialista fundamentou-se na “diplomacia do canhão” travestida de “missão civilizadora humanitária” Essa política acabou culminando nas  duas Grandes Gurras Mundiais, e com ousadia, também na Guerra Fria, onde a primeira, com sua essência europeia, teve seus prejuízos concentrados nesse território. A segunda mostra ao mundo uma intimidadora evolução bélica, com o uso da bomba atômica. A Guerra Fria, por sua, vez em uma bipoarização política e ideológica brincou com o equilíbrio internacional. Já no século XXI, ainda sem guerra definida, a multipolarização despertou o interesse das nações ao poderio bélico desmedido para a manutenção de uma soberania que muito se confunde com arrogância, hoje fundamentada na “diplomacia nuclear”. O homem do terceiro milênio, não muito diferente do homem do século XIX, também tenta travestir seus ideais. Quem dirá Mahmound Ahmadimejad, que insiste em afirmar que o enriquecimento de urânio, feito em solo iraniano, é apenas para fins pacíficos. Nessa bilharina da geopolítica mundial a questão nuclear iraniana está numa verdadeira “sinuca de bico”. No entanto este país não está sozinho.
Em 2008 os EUA subestimaram o mandado da ONU e invadiram o Iraque à procura de armas químicas e biológicas, como sempre, iniciou seu ataque aéreo em seguida enviou seus soldados para soprar a poeira do que restou. Sendo também aos Estados Unidos da América o título de maior exportador de armas convencionais. Um dia li em algum lugar que a maior “recompensa” de julgar alguém por uma atitude é a própria “auto-defesa” que se atribui no final deste suposto julgamento. Hillary Clinton, secretária de Estado do EUA, afirmou que a carta do Irã à agência nuclear da ONU está cheia de lacunas, a polêmica envolvendo o Irã é estimulada justamente pelo país da secretária. Só que realmente os Estados Unidos não é a melhor nação para apontar seu dedo sujo e julgar a atitude iraniana, os fatos citados no início desse parágrafo provam que ele não é nenhum cordeiro quando o assunto é armamentismo, retomarmos a lembrança de Hiroshima e Nagasaki é suficiente para provar que a arrogância “marca maior” de alguns países, também colocam em risco à segurança internacional e aproximam o mundo de uma verdadeira Guerra Fria.
A atenção dada a política nuclear é necessária, e de forma alguma estaria aqui fazendo apologia a política iraniana, até por que acreditar que todo urânio enriquecido seja “apenas para um ‘pequeno’ reator de pesquisas médicas em Teerã” como afirma Ahmadimejad é muita ingenuidade.  Porém a ênfase dada somente a esta questão acaba acobertando outras Nações, que também fundamentam-se na “diplomacia nuclear”  para manter sua “excelência”. A Rússia, a exemplo, vendeu 100 mísseis antiaérios para Hugo Chavez, presidente da Venzuela, no ano de 2009, e pouco fala-se sobre este assunto o que nos leva a refletir se nesse “jogo de azar” outras nações deveriam ocupar, no mínimo, seis bolas restantes nesse bilhar. Para por em uma sinuca de bico a tentativa de paz armada exercida por diversos países, que tira o sono de todos nós!